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A obesidade pode ser definida como o acúmulo excessivo de gordura corporal que pode implicar em riscos à saúde dos indivíduos e vem atingindo de maneira precoce crianças e adolescentes do mundo todo. O objetivo do estudo foi descrever o status de peso em escolares de 7 a 14 anos de Florianópolis em 2018/19, e analisar a tendência da prevalência de obesidade, sobrepeso, excesso de peso e baixo peso, com a comparação dos levantamentos realizados em 2002, 2007/08 e 2012/13. Em decorrência da pandemia de COVID-19 não foi possível finalizar a digitação de todos os dados referentes à 2018/19. A segunda digitação de peso e altura para validação dos dados não pôde ser concluída, porém a consistência dos dados foi avaliada por meio de análise de outliers. Em 2018/19 observaram-se prevalências de 12,4% de obesidade e de 21,4% de sobrepeso. Maiores prevalências de obesidade foram observadas em meninos; crianças (7-10 anos) e na rede pública. Foram observadas tendências de aumento das prevalências de obesidade na amostra geral (8,3% em 2007/08 vs. 12,4% em 2018/19); em meninos (11,4% em 2007/08 vs. 16,4% em 2018/19); na faixa etária de 7 a 10 anos (10,1% em 2002 vs. 15,2% em 2018/19) e na rede pública (8,6% em 2007/08 vs. 14,2% em 2018/19. Também observou-se aumento de excesso de peso na rede pública (28,2% em 2007/08 vs. 35,4% em 2018/19); de baixo peso para meninas (1,5% em 2007/08 vs. 3,2% em 2018/19) e na rede pública (1,3% em 2007/08 vs. 2,9% em 2018/19). Tendências de aumento de prevalências de excesso de peso para crianças e adolescentes também foram descritas em países como México, Índia e Estados Unidos. No Canadá, Portugal, Inglaterra, China e Austrália foram descritas tendências de estabilização das prevalências nessa população. Os resultados evidenciam a importância do monitoramento contínuo do estado nutricional de escolares, bem como a necessidade de implantação e/ou aperfeiçoamento de políticas públicas que atuem na prevenção do aumento da obesidade no município. |
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