Abstract:
|
Exposição: “NATAL NA BU/UFSC Mostra de Miniaturas de Presépios e afins”, realizada no hall da Biblioteca Central, em 09 de dezembro de 2013 a 31 de janeiro de 2014 e decoração de Natal da BU em 2013. Expositores:Colecionadores Amadores:Prof. Ewerton Vieira Machado – Professor do Departamento de Geociências (GCN). Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).Profa. Jandira Maria C. Spalding – Professora aposentada do Departamento de Metodologia de Ensino (MEN). Centro de Ciências da Educação (CED). Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Coordenação: BU / UFSC.
A prática do colecionismo atende a diferentes finalidades socioculturais e econômicas.
A intenção dos organizadores dessa Mostra está associada a uma maneira de apresentar, entre outras linguagens comunicacionais, elementos associados com uma temática que, direta ou indiretamente, tem vinculações com dimensões humanas em suas histórias de vida. O presépio natalino, espaço de criação e representação cristã idealizado por São Francisco de Assis, assumiu em seus contextos originais e tempos seguintes até a atualidade, dimensões culturais de como cada povo, a seu modo, busca associar o nascimento de Cristo com as características inerentes aos modos de vida de cada lugar, em diferentes regiões do planeta. Assim sendo, as representações dessa efeméride passaram a adquirir identidades locais com as marcas das influências cristãs e, associadas com elementos artísticos, ganharam diversidades de tipos e tamanhos de representação. Do ambiente restrito às igrejas, os presépios e peças natalinas afins foram para os ambientes restritos de residências e, depois, diversos espaços públicos. A tradição cristã ganhou leituras e releituras do fato histórico que representou o nascimento de Cristo para humanidade, ao longo dos tempos.
Atualmente, é dito que o maior presépio do mundo, é o Presépio Cavalinho, com mais de 7000 peças, instalado anualmente na Freguesia de São Paio de Oliveiros, Concelho de Santa Maria da Feira, em Aveiro, Portugal. Mas devem existir muitos outros de grandes dimensões em outros lugares do mundo, utilizando-se de peças, muitas vezes, artesanais ou industriais. Há, também, museus ou seções de museus que passaram a se dedicar a esse tipo de colecionismo em seus acervos, como o Museu Carlos Machado da cidade de Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel – Açores.
No Brasil, várias cidades com formação de bases lusitanas, italianas ou germânicas, entre outras dimensões de nossa formação cultural, têm em suas tradições festivas, privadas ou públicas do ciclo natalino o uso de adornos nessas co-memorações, com peças a partir de um presépio básico ou apenas peças ligadas à Sagrada Família, entre outras afins.Esse tipo de elemento característico de um ciclo anual das rotinas sociais passou a popularizar o ato de também se colecionar miniaturas, atendendo as mais diferentes intenções e objetivos de seus seguidores. Desse modo, as miniaturas artesanais ou industrializadas têm acompanhado a evolução dos tempos, proporcionando assim que se difundam princípios inerentes às identidades culturais locais de conexões universais.
Essa mostra que ora se leva a cabo na BU/UFSC apenas tem como finalidade criar sob contexto do “clima natalino”, a difusão de mais um tipo possível de colecionismo associado com as finalidades desse espaço de memória e difusão de informações biobibliográficas. |