O uso de laboratórios remotos no ensino de física na educação básica: estudo de caso em escola da rede pública

Abstract

Quando se fala de deficiências formativas na educação científica , em geral, o assunto remete à ausência de aulas experimentais na Educação Básica. O argumento é que as atividades práticas, principalmente nas disciplinas de ciências (Física, Química e Biologia, no Ensino Médio) pode se constituir em uma potente estratégia didática para a construção de competências procedimentais (aprender a fazer). Neste sentido, o trabalho experimental não só possibilita a comprovação de leis e teorias, como também possibilita que o estudante seja protagonista em seu processo de aprendizagem. O objetivo deste estudo é aplicar estratégia de utilização de Laboratórios Remotos (LR), em disciplinas de Física na Educação Básica. A motivação para utilização de LR está associada ao fato de que apenas 9% das escolas públicas no Brasil dispõe de Laboratório de Ciências. Neste sentido, os LR se apresentam como uma inovação promissora para melhoria dos processos de ensino e de aprendizagem, de ciências, em todos os níveis educacionais. A utilização dos recursos proporcionados possibilita atividades práticas em contextos reais e minimiza as barreiras espaço-temporais. A pesquisa apresentada foi realizada junto a alunos e professores de escola pública em Minas Gerais. Os dados apresentados foram coletados junto a alunos que cursaram a disciplina de Física, em turmas de 1º e 2º anos do Ensino Médio. Em relação à metodologia foi efetuada uma abordagem qualitativa e quanto aos procedimentos optou-se por um estudo de caso. Foram utilizados dois instrumentos, a fim de relatar as percepções dos alunos e professores sobre o uso dos LR. Responderam os questionários aplicados 260 alunos e os dois professores envolvidos nas disciplinas. Os alunos e professores apontaram que os LR podem contribui e gerar benefícios ao estudo de Física. Também apontaram a autonomia do aluno, motivando-os para o estudo de Física, bem como a possibilidade de estudar em qualquer lugar e horário. Como produto final espera-se disseminar e compartilhar esta experiência.

Abstract : When speaking about formative deficiencies in scientific education , in general, the subject refers to the absence of experimental classes in Basic Education. The argument is that practical activities, mainly in sciences disciplines (Physics, Chemistry and Biology in High School) can constitute a potent didactic strategy for the construction of procedural competences (learning how to do). In this sense, the experimental work not only allows the proof of laws and theories, but also allows the student to be protagonist in his learning process. The objective of this study is to apply a strategy of use of Remote Laboratories (RL) in Physics in Basic Education. The motivation for using RL is associated to the fact that only 9% of public schools in Brazil have a Science Laboratory. In this sense, the RL presents itself as a promising innovation for improving the processes of teaching and learning, of science, at all educational levels. The use of the resources provided enables practical activities in real contexts and minimizes space-time barriers. The research presented was carried out with students and public-school teachers in Minas Gerais. The data presented were collected from students who attended the Physics course, in classes of 1 and 2 years of high school. Regarding the methodology, a qualitative approach was applied and a case study was chosen. Two instruments were used in order to report students 'and teachers' perceptions about the use of RL. The 260 questionnaires were answered by the students and the two teachers involved in the subjects. The students and professors pointed out that the RL can contribute and generate benefits to the study of Physics. They also pointed out the autonomy of the student, motivating them to study physics, as well as the possibility of studying anywhere and time. As an end product it is expected to disseminate and share this experience.