Abstract:
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Os insetos desempenham um notável papel ecológico e muitos apresentam grande importância médica. Os dípteros, mais especificamente os mosquitos (família Culicidae), se sobressaem quanto a sua relevância para a saúde humana. Nessa família, o gênero Aedes é um dos que mais se destaca, sendo Aedes aegypti uma das espécies mais relevantes na saúde pública. Devido à importância epidemiológica atual dessa espécie, o presente estudo visa analisar os aspectos epidemiológicos da infestação do Aedes aegypti nos municípios de Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu e do estado de Santa Catarina de maneira geral entre os anos de 2007 e 2016. Dados como os tipos de imóvel e depósito infestados, número de focos e casos de dengue foram obtidos através da página eletrônica da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Estado de Santa Catarina - DIVE, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, e diretamente mediante pedido de dados do Programa Vigilantos, coordenado por essa Divisão. Os dados disponibilizados para o estudo foram analisados estatisticamente. Foi possível verificar o aumento do número de focos em Santa Catarina a partir de 2012, com seu ápice no ano de 2015, mantendo-se elevado em 2016. Dentre os municípios analisados, Florianópolis foi o que apresentou o maior número de focos, seguido de São José, Biguaçu e Palhoça. Assim como em Santa Catarina, nos quatro municípios o maior número de focos foi observado no final do verão e início do outono. Até 2011 e em 2014, os pontos estratégicos eram os locais com maior número de focos no estado, mas em 2016 os maiores números de focos do mosquito foram encontrados em residências. Nos municípios analisados, esses dois tipos de imóveis se mostraram de grande importância epidemiológica, assim como o comércio. Quanto aos tipos de depósito, as armadilhas foram as que apresentaram maior número de focos, tanto para os municípios, quanto para o estado. Além disso, foi possível verificar o aumento do número de casos autóctones de dengue em Santa Catarina no ano de 2011 e o registro de casos de chikungunya e zika em 2015. |