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Esta pesquisa tem por objetivo compreender quais as diferentes abordagens dos jogos para o ensino de aritmética nos manuais pedagógicos, no período de 1930 a 1960 no Brasil. Toma-se nesta pesquisa a ambiência da chamada cultura escolar (VIÑAO FRAGO, 2007; JULIA, 2001) privilegiando os manuais pedagógicos como fonte de pesquisa, apoiados nos estudos de Choppin (2002; 2004) além dos demais aportes da história cultural e da própria história da educação matemática. Além disso, faz-se uso do ferramental teórico-metodológico usado pelos historiadores (BLOCH, 2001; VALENTE, 2007) e da metodologia da análise documental (CELLARD, 2008). O corpus de análise é composto por quatorze manuais pedagógicos, todos disponíveis no Repositório de Conteúdo Digital da UFSC. Essa seleção foi realizada de acordo com a data de edição do manual e indicações de jogos para o ensino de aritmética nos mesmos. A priori, tomou-se como referência as categorizações de Albuquerque (1958) – fixação, motivação e recreação – como pano de fundo para as análises. Ao longo das análises emergiram outras categorizações, dentre elas o jogo como superação de aspectos psicológicos, avaliação de conhecimentos prévios do aluno, aproximação do ensino de aritmética de situações cotidianas, respeito a regras, dentre outras. Apesar da diversidade de papéis para os jogos, todos os manuais convergem para aspectos psicológicos, que por sua vez aproximam-se dos pressupostos do Movimento da Escola Nova. Com isso, conclui-se que os manuais analisados e suas indicações de jogos para o ensino de aritmética tiveram influência dos pressupostos escolanovistas. |
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