Abstract:
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Este trabalho tem por intuito fazer uma breve análise da expansão muçulmana desde a Península Arábica após a morte de Maomé, passando por outras localidades que circundam o Mar Mediterrâneo até a Península Ibérica, com a incursão árabe no ano de 711 tendo como aporte a Crônica Bizantina-Arábica e a Crônica Moçárabe de 754, ambas do século VIII. Como as crônicas manifestam o despontar de um reino – o muçulmano – e a ruína de outro – o visigodo – e as transformações ocorridas no âmbito social, político e, sobretudo, cultural do território ibérico. Discorreremos também as relações diplomáticas que Al-Andalus obteve com o Império Bizantino, e qual foi a importância desta comunicação para ambos os lados. Destacaremos os moçárabes e a função que estes tiveram como mediadores entre cristãos e muçulmanos e a hibridização cultural como consequência dessa relação. Ao utilizarmos trechos das crônicas durante todo o trabalho, buscaremos responder questões para qual finalidade as crônicas foram escritas, por quem elas foram escritas e qual a sua relevância para compreendermos este período importante da História, além da intenção dos seus autores em destacar o sentimento daquela época, a “lamentação” pela Espanha como o início do processo da Reconquista. |