Abstract:
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Em Santa Catarina, o desmatamento acelerado da primeira metade do século XX degradou grande parte de sua cobertura florestal original. A partir de então, os primeiros projetos para o reflorestamento com espécies exóticas foram iniciados. O potencial de espécies exóticas invasoras de modificar sistemas naturais é tão grande que, atualmente, são consideradas a segunda maior ameaça mundial à biodiversidade, perdendo apenas para a destruição de habitats pela exploração humana direta. Em Florianópolis, o reflorestamento do Parque Estadual do Rio Vermelho, criado no ano de 1962, é o mais antigo e o de maior extensão na Ilha de Santa Catarina. A presença da espécie exótica e invasora Pinus spp. acarretou em profundas mudanças na paisagem e em um desequilíbrio ecológico naquele local. A espécie, introduzida para fins experimentais e como contenção para as áreas de dunas, se espalhou rapidamente e tomou conta do terreno, antes ocupado por formações nativas, como a vegetação de Restinga. Deste modo, o presente trabalho se propõe a compreender e analisar, sob o viés da História Ambiental, o processo de introdução do Pinus spp. no atualmente conhecido como Parque Estadual do Rio Vermelho, buscando compreender as razões para sua escolha, como se deu o processo de implementação, e quais foram as principais consequências da introdução desta espécie naquele ecossistema. |