Abstract:
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Este trabalho tem como objetivo unir discussões sobre técnica, movimento e o desenvolvimento de habilidades à prática do ciclismo urbano, para pensar como a paisagem da cidade emerge para essas pessoas a partir de suas experiências com a mesma. Esta questão surgiu a partir de um interesse pessoal e acadêmico em estudar o ciclismo urbano a partir da perspectiva ecológica discutida por autores como Gibson, Ingold e Bateson, por ser um viés até então não abordado na área dos estudos antropológicos sobre ciclismo, que costumam debater sobre problemas mais político-sociais e questões relativas à mobilidade. A perspectiva ecológica apresentada neste trabalho, apesar de não estar completamente alheia a estas questões, procura pensar a prática de pedalar na cidade a partir das relações que se estabelecem entre o ciclista e o ambiente e entre mente e corpo para entender como uma “cidade bicicletável” emerge desta relação. Este trabalho, inteiramente teórico, parte de uma revisão bibliográfica sobre alguns dos principais autores de antropologia urbana e se encerra com uma reflexão sobre como as questões abordadas pelos autores citados anteriormente, principalmente Gibson e Ingold, podem ser deslocadas para os estudos urbanos, mais especificamente o ciclismo na cidade. |