Biomarcadores bioquímicos em brânquias de ostras Crassostrea gigas (Thunberg, 1793) expostas a dois hidrocarbonetos policíclicos aromáticos

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Biomarcadores bioquímicos em brânquias de ostras Crassostrea gigas (Thunberg, 1793) expostas a dois hidrocarbonetos policíclicos aromáticos

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Título: Biomarcadores bioquímicos em brânquias de ostras Crassostrea gigas (Thunberg, 1793) expostas a dois hidrocarbonetos policíclicos aromáticos
Autor: Bastolla, Camila Lisarb Velasquez
Resumo: A alta densidade populacional nas regiões costeiras, somada à ocupação desordenada e ao saneamento precário, exerce pressão sobre os ecossistemas aquáticos, sendo um dos problemas, a constante entrada de contaminantes nesses ambientes. Entre os contaminantes que entram no ambiente aquático, estão o petróleo e seus derivados. Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) são moléculas orgânicas hidrofóbicas derivadas do petróleo utilizadas em combustíveis e intermediários das indústrias, e que entram no ambiente aquático através de esgoto sanitário e lixiviação urbana ou ainda através de eventos de derramamento de petróleo e derivados. Animais expostos a HPAs apresentam alterações na atividade de enzimas do sistema de biotransformação e antioxidantes. Dessa forma, o desenvolvimento de ferramentas sensíveis à poluição é necessário para o monitoramento da qualidade ambiental nas áreas de cultivo. Nesse contexto, a ostra Crassostrea gigas¸ além ser a espécie de ostra mais cultivada no mundo, é amplamente utilizada em análises de biomonitoramento ambiental como organismo sentinela. O sistema de biotransformação metaboliza compostos lipofílicos endógenos ou xenobióticos, convertendo-os em moléculas mais hidrofílicas e, assim, facilmente excretáveis pelas células. Há poucas informações sobre a resposta da atividade enzimática em moluscos quando expostos aos hidrocarbonetos isolados. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi analisar a atividade de enzimas de biotransformação GST e GSTm, e enzimas antioxidantes e auxiliares GPx, GR, CAT e G6PDH em brânquia de ostras do pacífico, C. gigas, expostas aos HPAs: pireno (50 e 100 μg. L-1) e fluoreno (100 e 200 μg. L-1) por 96h. Houve maior bioacumulação de pireno nos tecidos (=49,66 e 93,34 μg. g-1 de peso seco nos animais expostos a 50 μg. L-1 e 100 μg. L-1, respectivamente) em comparação ao fluoreno (= 29,53 e 39,07 μg. g-1 de peso seco nos animais expostos a 100 μg. L-1 e 200 μg. L-1, respectivamente). Nos grupos controle e no tempo zero (T0), a concentração de pireno e fluoreno foi inferior a 1 μg. g-1 de peso seco em todos os tempos e tratamentos. Não foram observadas alterações significativas nas atividades enzimáticas entre os grupos, com exceção da atividade de GSTm, maior atividade nas brânquias de ostras expostas a 100 μg. L-1 de pireno em relação ao grupo exposto a 50 μg. L-1 e ao grupo controle. A exposição aos HPAs pireno e fluoreno não alterou a atividade das enzimas antioxidantes e de biotransformação em brânquias de ostras C. gigas nas condições experimentais do presente estudo.
Descrição: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Agrárias. Curso de Engenharia de Aquicultura.
URI: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/178502
Data: 2017-08-16


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