Abstract:
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A longo prazo os medicamentos antirretrovirais (TARV) podem causar efeitos adversos à saúde, como as dislipidemias, resistência à insulina, e a lipodistrofia, caracterizada como a perda e/ou acúmulo da gordura corporal em determinadas regiões do corpo. Atividade física tem sido utilizada, como tratamento coadjuvante em adultos que vivem com HIV, e dentre os benefícios destacam-se o alívio da depressão, prevenção ou redução dos efeitos colaterais da TARV, principalmente no acúmulo de gordura corporal (lipohipertrofia). Este trabalho objetivou analisar atividade física e os indicadores antropométricos de gordura corporal de adolescentes que vivem com HIV de Florianópolis/SC, Brasil. Trata-se de um estudo com delineamento transversal. A amostra foi constituída por 57 adolescentes que vivem com HIV, adquirido por transmissão vertical, de ambos os sexos, de 10 a 15 anos de idade, que recebem tratamento no Hospital Infantil Joana de Gusmão. Foram realizadas medidas antropométricas e a atividade física foi obtida por questionário (PAQ-C). Para a análise dos dados foram utilizados procedimentos de estatística descritiva e inferencial (p≤0,05). Para correlação entre a variável atividade física e os indicadores antropométricos de gordura corporal, utilizou-se a correlação de Pearson e Spearman. A maioria dos pacientes foi classificado como insuficientemente ativo (n=55), porém grande parcela participa sempre das aulas de Educação Física Escolar. As atividades físicas mais realizadas pelos adolescentes que vivem com HIV foram a caminhada e o futebol. Apenas três adolescentes apresentaram características de lipodistrofia Foram observadas correlações negativas significantes entre o nível de atividade física e massa corporal, dobra cutânea abdominal e o somatório das dobras cutâneas. Adolescentes que vivem com HIV apresentam baixo nível de atividade física, porém a Educação Física Escolar se mostrou um espaço favorável para o aumento da prática de atividades físicas. |