Abstract:
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Retentores de próteses parciais removíveis (PPRs) podem acumular biofilme e transmitir cargas deletérias aos dentes pilares, com reflexos diretos à saúde periodontal. O presente estudo avaliou o impacto da PPR no comportamento periodontal dos dentes pilares e não pilares. Neste ensaio clínico prospectivo, foram avaliados 18 usuários de PPR (57,41 ± 9,96), na instalação das próteses (baseline) e após 4 meses de uso da PPR. As variáveis dependentes foram a capacidade de amortecimento (Periotest), o Índice de placa visível (IPV), o Índice de sangramento à sondagem (IS), a Profundidade de Sondagem (PS), o Nível Clínico de Inserção (NIC) e a perda óssea vertical, mensurada em radiografias periapicais. Os dados foram avaliados por ANOVA fatorial e Tukey HSD (α=0.05). Os dentes pilares demonstraram maior NCI e PS, em comparação aos dentes não pilares (p<0.001). O tempo não influenciou o NIC (p=0,228); entretanto, a PS reduziu do baseline para os 4 meses (p<0.001), independente do dente ser ou não pilar da PPR. O nível ósseo mesial foi maior que o distal (p<0.001), em ambas avaliações (p=0,273). Os dentes pilares apresentaram maior IPV e IS quando comparados aos dentes não pilares, porém, houve melhora significativa de ambos após 4 meses. A média dos valores de Periotest dos dentes pilares aos 4 meses foi de 10,24 (± 10,2). Os dentes pilares de PPRs são mais comprometidos periodontalmente, portanto, a avaliação criteriosa e permanente destes dentes, onde diferenças sutis, anteriores à instalação da doença, podem ser detectadas, aumentam a longevidade e previsibilidade do tratamento. |