Abstract:
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Resumo: A série de fotografias “Ocupações” (1969) do artista plástico alemão Anselm Kiefer teve uma recepção ambígua para o público da época. De um lado, a obra foi considerada alinhada a um ideal neonazista; de outro, uma contribuição para exorcizar os traumas do passado. Neste texto, pretendemos, a partir das discussões de Rancière e Deleuze e Guattari sobre o caráter dissensual da obra de arte, apontar para a tentativa de “normalização” que tais interpretações representam em uma sociedade assolada pelo fantasma da indistinção do regime totalitário. Palavras-chave: Anselm Kiefer, nazismo, mito. |