Abstract:
|
As saídas a campo podem ser uma ferramenta importante no processo de ensino-aprendizagem, onde o conhecimento é ampliado para além das discussões e da transmissão de informações na sala de aula. Essas saídas podem ser interessantes para se trabalhar as questões de gênero e sexualidades na educação básica, temática que é um desafio que muitas/os educadoras/es enfrentam e cuja abordagem sofre resistência por parte das/os estudantes, da escola e dos pais. Neste universo, com as visitas à aldeia indígena e ao assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) podemos promover discussões sobre gênero e sexualidades Este trabalho busca entender como as saídas a campo, em especial as visitas à aldeias e assentamentos, podem contribuir para trabalhar estas questões na educação básica a partir de observações feitas in loco. Pretende ainda oportunizar um momento de debate/discussão sobre gênero e sexualidades a partir destas mesmas observações e experimentar novas formas de abordar tais temas na escola. A metodologia empregada foi o grupo focal e observação participativa com estudantes do Ensino Médio Inovador e Ensino Fundamental de uma escola pública do município de Joinville – SC. Observou-se que as/os estudantes ficam mais a vontade para trabalhar certas temáticas – como gênero e sexualidade – a partir de observações feitas in loco. Neste trabalho percebe-se que mesmo fazendo saídas a campo para trabalhar temas específicos como etnia, raça, migrações, êxodo rural, é possível, a partir do retorno que as/os estudantes trazem para sala, abordar temas como gênero, homofobia, diversidade, sexualidades, etc. e que elas/eles refletem suas práticas e confrontam seus preconceitos. |