Abstract:
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Historicamente sabemos que as relações de gênero se construíram a partir da desigualdade entre os homens e as mulheres. O poder político, o acesso ao trabalho e ao ensino, o poder de escolha e de decisão sobre sua vida afetivo-sexual, resultaram em segregação, opressão e dominação para as mulheres. O último século de avanço de direito das mulheres contribuiu com que a reflexão e o debate alcançassem a sociedade e tomasse as ruas e os espaços públicos, através da luta das mulheres pelos direitos a igualdade. Os espaços educacionais reprodutores de ideologias, que atendem aos interesses da sociedade (ou deveriam atender) diante da realidade da luta das mulheres e de outras minorias como os GLBTTT, os negros, indígenas, quilombolas e outros grupos, são diretamente responsáveis em promover uma educação intencional que conduza a uma educação para a diversidade. Os vários âmbitos da educação, seja informal, não formal e formal, devem garantir uma educação para a diversidade, seja através de seus currículos, metodologias ou práticas cotidianas, conduzindo para uma cultura ao respeito e a paz. Partindo deste contexto o presente estudo teve como objetivo verificar em que medida a proposta de educação para a diversidade de gênero é incorporada na prática do Instituto Guga Kuerten. O caminho metodológico utilizado para o estudo foi uma pesquisa caracterizada pela proposta descritiva, por estando dentro de análises quantitativas e qualitativas, que garantiu o levantamento de dados, além de exploratória pois investigou a metodologia do IGK. Participaram do estudo 6 educadoras que foram sorteadas e aceitaram participar da pesquisa através da resposta de um questionário pré-estabelecido com questões objetivas e dissertativas. Os resultados evidenciaram que a proposta do IGK atende em partes uma proposta de uma educação para a diversidade de gênero. Nesse sentindo entendemos a necessidade da formação inicial e continuada dentro desse espaço de educação não formal. |