Resumo:
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Esta pesquisa apresenta um estudo de caso sobre as práticas de comunicação pública desenvolvidas pela Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina – Alesc por meio dos seus perfis oficiais em mídias sociais. O objetivo é compreender como tais ações contribuem para o fortalecimento do direito à informação e à participação política dos cidadãos catarinenses. Para isso, utilizamos o método estudo de caso (DUARTE, 2010a; YIN, 2010), com apoio de entrevistas semiabertas em profundidade, observação direta e análise de conteúdo. Também revisamos conceitos-chave sobre comunicação pública, tendo como ponto de partida Zémor (1995), a coletânea de artigos organizada por Duarte (2012a) e a revisão bibliográfica desenvolvida por Koçouski (2012); sobre o direito à informação e à participação política, nos referenciando, principalmente, no estudo desenvolvido por Mendel (2009) e também em Avritzer (1999), Chauí (2016) e Studart (2012); e sobre como a internet e as mídias sociais vêm alterando a forma como nos comunicamos e nos coordenamos em grupo, a partir de Gomes (2005, 2011), Jenkins (2009), Jenkins, Green e Ford (2014), Lévy (2011 [2016]), Martino (2015) e Shirky (2011, 2012). Descrevemos, então, os objetivos, as estratégias e as rotinas da Gerência de Redes Sociais da instituição, setor responsável pela presença do Legislativo catarinense em plataformas de redes sociais digitais, e propomos uma análise sobre os resultados da sua execução para promoção das duas garantias fundamentais. Entre as constatações desta pesquisa está a de que a adoção de mídias sociais por instituições públicas faz surgir um canal de comunicação de mão dupla – que tanto informa o cidadão sobre os atos da organização, quanto o próprio órgão sobre a opinião pública a respeito de tais ações. Também nos mostrou que para executar essa tarefa é necessário construir conteúdos pensados especificamente para esses meios, modelo que na Alesc conjuga publicidade e entretenimento. |