Abstract:
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Neste estudo descreveu-se a visão de enfermeiros dos serviços de emergência sobre a morte e o processo de morrer. Realizou-se revisão narrativa da literatura a partir da questão norteadora: O que a produção cientifica nacional sobre enfermagem em urgência e emergência traz sobre o processo de morte/morrer? O levantamento foi realizado nas bases de dados LILACS e SCIELO. Os descritores utilizados foram verificadas na base de dados dos DeCS: enfermagem, urgência e emergência, morte e morrer. Os critérios para a seleção do material foram: artigos completos, produzidos por enfermeiros, disponíveis online, em língua portuguesa, sem limite temporal. Para o refinamento das informações, obedeceram-se os seguintes critérios: artigos originais com temática relacionada com equipe de Enfermagem, reflexões sobre o processo de morte/morrer e cuidado de Enfermagem no processo de morte/morrer nos setores de emergência. Para análise realizou-se leitura detalhada de cada artigo científico na íntegra a fim de verificar a sua adequação com a questão norteadora da presente investigação. Dos resultados surgiram três categorias: dificuldade de lidar com a questão da morte; envolvimento com a tríade: equipe/paciente/família; formação acadêmica de Enfermagem para trabalhar com processo da morte. Evidencia-se que a produção científica de Enfermagem sobre a morte/morrer nas unidades de terapia intensiva demonstra a necessidade de mais pesquisas, especialmente no confronto da morte como realidade de vida e de trabalho em saúde. A morte é um fenômeno inevitável que nunca deve ser encarada como fracasso da equipe, antes como desfecho das situações críticas. No entanto tais situações não devem ser vivenciadas com indiferença, descaso ou insensibilidade, antes acolhidas como parte integrante do fazer cotidiano da saúde e das vivências dolorosas ou libertadoras do existir humano. |