Abstract:
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O presente trabalho tem por objetivo analisar a atuação política do empresariado nacional, representados pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC, entidade que congrega mais de 140 sindicatos patronais no estado. O estudo se inicia no ano da fundação da entidade, 1950, e estende-se a atual gestão. Como procedimento metodológico, foi realizado uma revisão de literatura, além da pesquisa documental. Primeiramente, foi apresentado o campo teórico a respeito da ação da classe dominante no interior dos aparelhos do Estado, destacando o papel da elite intelectual no processo de condução da hegemonia. Em seguida, recuperamos a trajetória histórica estabelecida entre a classe empresarial brasileira e o governo, desde o início do processo de industrialização na década de 1930 até 2010. Diante da análise, percebe-se um Estado muito presente na economia, sendo por vezes o indutor da ação coletiva empresarial. Em decorrência da abertura de mercado dos anos 1990, verifica-se uma falta de política de desenvolvimento industrial favorável ao empresariado nacional. O governo Lula procurou aproximação com a classe, possibilitando maior abertura de diálogo dentro dos arranjos institucionais do Estado. Por fim, estreitando o objeto de estudo para um determinado grupo empresarial, verificou-se na atuação da FIESC um forte ator político em Santa Catarina. Representante do empresariado industrial, atende os interesses de classe através de sua forte influência com o setor público e a sociedade civil. |