Abstract:
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A relação entre população e desenvolvimento é discutida desde a época de Malthus e Condorcet e apesar disso é um tema atual, pois a população não é estável. Durante o século XX a discussão sobre a população foi vista principalmente sobre o enfoque da explosão demográfica como limitador de crescimento. Na contemporaneidade passa a ser discutida com o enfoque de “problema” do envelhecimento. A transição demográfica caracteriza-se pela redução das taxas de mortalidade e redução das taxas de natalidade da população, e na medida em que a transição vai avançando ela modifica a expectativa de vida dos indivíduos e sua composição etária. A queda da fecundidade diminui a proporção do grupo jovem da população em relação ao total, e quando mais baixas essas taxas forem, maiores as diferenças ocorridas na estrutura etária da população. O envelhecimento populacional projetado para 2050 pode chegar a 66 milhões de brasileiros no grupo dos idosos com 60 anos ou mais. Esse envelhecimento também é observado na população economicamente ativa PIA que para esse mesmo período, deve ter um contingente de 50% de indivíduos com 50 anos ou mais de idade. Com base nessas projeções também é observado uma diminuição da oferta de trabalhadores o que pode gerar um nível de atividade menor para economia brasileira. Mesmo com o incremento da participação feminina e aumento da permanência do trabalhador no mercado de trabalho a tendência de diminuição da PIA brasileira só pode ser atrasada. O foco do trabalho é identificar as políticas que uma população mais envelhecida ira demandar. Por fim, conclui-se que, as políticas de cuidado devem reconhecer os cuidadores informais, assim como aumentar a oferta de cuidados formais por profissionais e instituições, para atender as novas demandas do perfil populacional com uma maior participação do estado. |