A violência configura atualmente, ao lado dos agravos crônicos e degenerativos, um novo perfil epidemiológico no quadro de saúde do Brasil. Afeta os envolvidos tanto pelas mortes, lesões e traumas que causa como pelo impacto que gera nas condições de vida e saúde. O fenômeno passa a demandar uma abordagem com a qual o sistema de saúde não está habituado e capacitado para lidar. A Atenção Básica é um dos espaços privilegiados para identificação das pessoas em situação de violência ou em condição de vulnerabilidade e tem papel fundamental na definição e articulação dos serviços e instituições que, direta ou indiretamente, atendem essas pessoas, para a diminuição da morbi-mortalidade por esta causa.