Abstract:
|
A delimitação de fronteiras e a manutenção de um espaço territorial são tarefas de suma importância para a formação de um país. Na América Latina, estes processos ocorrem de maneira concomitante ao longo do século XIX. O presente estudo dedica-se à análise da política externa brasileira na consecução desses objetivos a partir das premissas do subcampo acadêmico de Análise de Política Externa. Destacam-se, portanto, as oportunidades e os desafios impostos por circunstâncias internas e constrangimentos externos e, sobretudo, os atores, as ideologias e as ideias que conduzem a ação diplomática. Durante o intervalo deste trabalho, as principais ameaças à consolidação do território brasileiro derivam da Guerra da Cisplatina, do projeto rosista, da abertura amazônica à navegação internacional e da Guerra do Paraguai. O trabalho finda por dividir a atuação brasileira no século XIX em três períodos: o primeiro caracteriza-se pela orientação eurocentrista da política externa brasileira; o segundo é marcado pelo intervencionismo platino e pela atuação defensiva na Bacia Amazônica; e o terceiro tem como marca a fragilidade ideológica e a ausência de liderança que leva à catastrófica Guerra do Paraguai. |