Abstract:
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Mesmo reconhecendo o estigma como marcador de diferenças individuais e sociais, não se trata de atributo fi xo, mas de uma construção socio cultural, por tanto histórica e mutável, e que estabelece relações de desvalorização do outro. Dessa forma, insere - se em contextos e processos socialmente construídos . Este estudo tem como objetivo destacar algumas das linhas mais importantes que caracterizam o estigma bem como identificar algumas das principais conclusões que possam orientar a prática e as respostas aos desafios do sofrimento humano e de saúde causado pela discriminação e os possíveis impactos que o processo de estigmatização acarreta sobre os serviços de saúde para confeccionarmos uma cartilha educativa. O estudo foi realizado na cidade de Fortaleza – CE, tendo o CAPS AD III da R egional II como local para implementação do estudo e pelo fato do pesqu isador desenvolver suas atividades laborais neste aparelho. O intuito foi construir material que orientasse e alertasse sobre o estigma que se esconde nos cantos de parede do CAPS, nas atitudes, olhares da sociedade e dos profissionais, uma vez que ele é v elado, mas de alguma forma emerge em determinados momentos e falas das pessoas que dele padecem. Ressalta - se, portanto, a necessidade de conhecimento e empoderamento da cartilha educativa pelos profissionais, usuários, família e sociedade e quando necessário à capacitação desses profissionais para práticas de tratamento, reabilitação e, sobretudo, de prevenção relacionadas ao estigma vive nciado e sofrido pelos usuários , e que incluam não só o ap rimoramento técnico como também a mudança de crenças e atitudes sobre as pessoas estigmatizadas. |