Abstract:
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Um novo olhar à psiquiatria se iniciava subsidiada principalmente pelo conceito da desinstitucionalização. Esse novo olhar expressava a necessidade do processo de desconstrução dos saberes e praticas psiquiátricas baseadas no modelo biomédico e hospitalar, para a construção de novos saberes sobre os transtornos mentais e as intervenções e assistência ao adoecido , Nesse contexto, é instituído e regulamento a implantação e organização dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) . Com esse novo modelo de cuidado, a família é apontada como parceira no cuidado ao portador de transtorno mental. Diante do exposto , o presente trabalho tem como objetivo descrever, a partir de um relato de experiência, a importância da participação da família no tratamento e cuidado a portadores de transtornos mentais no contexto do CAPS. O relato será apresentado através da experiência vivenciada em um CAPS I, situado no município de Muritiba, Estado da Bahia. Observa-se na rotina do CAPS I que o início do tratamento de seus pacientes não é muito fácil, sendo visível a necessidade de apoio nessa fase. No entanto, nos casos em que a família participa ativamente do tratamento de seu doente, este responde de maneira positiva, como, por exemplo, com a adesão adequada do tratamento. O importante papel da família é reforçado, principalmente com o apoio, o cuidado e, o elo de ligação entre os profissionais de saúde e o familiar doente. Portanto, a participação da família pode contribuir para o aumento da adesão a o tratamento, redução das crises e a reinserção desses portadores de transtornos na comunidade. |