Abstract:
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Nesse trabalho foi construído um biossensor de pasta de carbono contendo nanopartículas de ouro (AuNP) estabilizadas em β-ciclodextrina (CD) e imobilizadas com lacase (LAC) para a determinação de rutina em amostras farmacêuticas. Inicialmente, realizou-se a síntese das AuNP, utilizando CD como agente estabilizante e borohidreto de sódio como agente redutor. Uma solução de LAC foi obtida a partir de microrganismos geneticamente modificados (Aspergillus oryzae) e sua atividade foi medida por espectrofotometria UV-Visível. A solução de LAC foi misturada a AuNP-CD, obtendo-se uma dispersão contendo LAC imobilizada no nanomaterial. As dispersões de AuNP-CD e AuNP-CD-LAC foram caracterizadas por microscopia eletrônica de transmissão (TEM), medidas espectrofotométricas e de potencial Zeta. Vários parâmetros do método foram investigados e a melhor resposta foi obtida em tampão acetato (0,1 mol L-1; pH 5,0), 50 μL de AuNP-CD-LAC e 1,145 U mL-1 de LAC (construção do biossensor), amplitude 40 mV, frequência 100 Hz e incremento 10 mV (voltametria de onda quadrada). Sob as condições previamente otimizadas a curva de calibração para rutina apresentou duas faixas lineares. A primeira (faixa (I) de 3,0 x 10-7 a 1,5 x 10-6 mol L-1 (r2 = 0,9949), com limite de detecção de 1,73 x 10-7 mol L-1 e a segunda (faixa (II)) de 2,10 x 10-6 mol L-1 a 5,0 x 10-6 mol L-1 (r2 = 0,9944) com limite de detecção de 5,85 x 10-7 mol L-1. O biossensor proposto foi empregado na determinação de rutina em fármacos (cápsulas e creme) e os resultados obtidos mostraram-se de acordo com os valores rotulados e com o método de referência empregado. |