Abstract:
|
A equipe da Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) que atuou com ações extensionistas na cidade de Jurema/PE pelo Projeto Rondon (julho/2014) identificou, por meio de dados estatísticos e da viagem precursora ao município, a necessidade de criar um espaço que proporcionasse o protagonismo juvenil. Uma das oficinas sugeridas foi a “História de Vida” - baseada na teoria da identidade (LIMA; CIAMPA, 2012), que primou pela narrativa das vivências pessoais dos integrantes. A oficineira – que em todos os momentos também foi participante – optou por utilizar a sua percepção na ordem dos sentidos, no decorrer das oficinas, para que os conceitos teóricos pudessem ser apreendidos e vivenciados pelos participantes, oportunizando a chance de refletir as histórias de vida ali narradas. A fim de possibilitar análise dos momentos gerados pelas oficinas, a oficineira fez uma captura do movimento daquela realidade, como uma fotografia, para que o momento ficasse congelado no passado e pudesse propiciar a abstração. Para tanto, foram utilizados pressupostos da abordagem materialista histórica e dialética bem como da área de língua/linguagem numa conversa interdisciplinar. Durante a análise, surgiu uma proposta de observação pelas similaridades das ações ocorridas nos grupos das oficinas e estas se agrupam no campo da heterogeneidade das características e da homogeneidade das posturas dos participantes. Tal condução de observação possibilitou a percepção do surgimento de uma fala singular dos narradores. Nesse processo, a (re)significação das histórias de vida foi concretizada por intermédio da fala do outro, fazendo da exposição oral das narrativas a maior protagonista. |