Author:
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Nogueira, Carlos Felipe; Pimenta, Ana Clara Almeida; Giacóia, Daniel; Santos, Elber José Assaiante dos; Roewer, Luis Augusto de Freitas; Alves, Renata Santos; Prado, Raphaela Aparecida Tomaz do; Reis, William Lara de Oliveira; Rocha, Tatiana Cristina da; Santinelli, Renata
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Abstract:
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A OMS estima que em 2025, o Brasil terá uma população de 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Com o envelhecimento da população há uma deterioração dos sistemas biológicos do organismos, dentre eles a própria visão. A catarata senil é uma dessas alterações que ocorrem com a idade, caracterizada pela opacificação do cristalino em consequência das alterações bioquímicas relacionadas a idade, acarretando perda visual. Possui maior incidência na população acima de 50 anos, sendo considerada um problema de saúde pública, a cirurgia é a opção disponível para reversão do quadro que quando não tratado, leva a cegueira. Além da grande fila de espera para realização da cirurgia, a falta de informação gera medo e os mitos, servindo de barreira quanto a realização de tal procedimento. Em uma das ações do Projeto Rondon, realizadas durante a operação Porta do Sol, em Salgado de São Félix – PB em 2015, verificamos a incidência do problema na população. Vale ressaltar que justamente em uma das comunidades mais carentes da cidade, foi o local onde encontramos um grande número de pessoas portadoras de tal condição, e que por falta de informação, medo, tempo de espera e falta de acesso ao Serviço Único de Saúde, conviviam com o problema, não sendo raros os casos de cegueira. Cabe ressalta a existência de uma forte relação da catarata senil com quadros depressivos, isolamento social, fratura por quedas, contribuindo para redução da qualidade de vida, e da independência do indivíduo. Uma boa proposta complementar a conscientização da população idosa sobre mitos e verdade sobre a catarata, é a realização de palestras, visitas domiciliares ou depoimentos de pessoas que já realizaram a cirurgia, buscando reduzir os temores e a ansiedade. Verificamos que o problema está atrelado a idade, porém seu desfecho se relaciona com o nível sociocultural, atenção dada a saúde e informação. Dessa forma, diante da demanda, propusemos uma oficina ativa, por meio da qual aproveitando as visitas as residências e o contato mais próximo da comunidade, realizamos a conscientização da população idosa, sobre os cuidados com os olhos, especialmente sobre a catarata senil, desmistificando os aspectos da doença, através de aconselhamentos e informações. Por meio dessa atividade, os rondonistas tiveram a oportunidade de relatar os benefícios da cirurgia, esclarecer dúvidas, repassar segurança, buscando principalmente promover o bem estar da população. |