Author:
|
Santos, Elber José Assaiante dos; Pimenta, Ana Clara Almeida; Nogueira, Carlos Felipe; Giacóia, Daniel; Roewer, Luis Augusto de Freitas; Alves, Renata Santos; Prado, Raphaela Aparecida Tomaz do; Reis, William Lara de Oliveira; Rocha, Tatiana Cristina da; Santinelli, Renata
|
Abstract:
|
Dentre as várias atividades realizadas na Operação “Porta do Sol”, na cidade de Salgado de São Felix – PB, pode-se destacar o desenvolvimento da ação conjunta e integradora (entre rondonistas, membros da prefeitura e moradores da cidade) para o estabelecimento da primeira cooperativa de resíduos sólidos da cidade. Como é sabido pela atual gestão político-administrativa da cidade, mas principalmente pela população salgadense, o descarte de resíduos sólidos sem o tratamento adequado é um problema de saúde pública e ambiental, com raízes de ordem histórica e cultural. Visando uma intervenção positiva nessa problemática (e indo ao encontro da Lei nº 12.305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos), foi proposto o desenvolvimento e a criação de uma cooperativa de resíduos sólidos que congregasse os catadores autônomos de lixo da cidade. Por meio de palestras (via apresentação de documentários e aulas expositivas sobre a temática em questão) e reuniões com membros da comunidade, notou-se que alguns catadores de lixo tinham o interesse de participar do projeto, visando à melhora de suas qualidades de trabalho e vida, uma vez que na condição de cooperados, poderiam aumentar suas rendas individuais, a partir do trabalho coletivo. Com as orientações iniciais dos rondonistas que trabalharam na ação (e posterior o apoio de membros do poder público local), foram discutidos aspectos importantes para o início das atividades, principalmente no que diz respeito à questão burocrática (necessidade de emissão de R.G. e C.P.F., cadastramento dos interessados no Serviço de Assistência Social da Prefeitura, etc.), e claro, as novas possibilidades e benefícios que essa atividade traria aos cooperados (destacando-se os direitos trabalhistas advindos com o registro em carteira de trabalho). Frente às colocações apresentadas, pode-se dizer que a ação idealizada pela equipe oriunda de Minas Gerais foi fundamental para o desenvolvimento, por parte dos moradores que participaram das atividades, do exercício da participação política, assim como, para a compreensão dos seus próprios direitos civis e sociais, visando (em um futuro próximo) uma melhora em suas qualidades de vida. Da mesma forma, a atividade permitiu o entendimento de que ações integradoras e de participação coletiva são, ainda, fundamentais para a criação de novas possibilidades para mudanças práticas na vida das pessoas e da própria comunidade. Fatos, esses, que trouxeram não apenas a sensação de dever cumprido, mas também o sentimento ímpar de ser um rondonista: aprender ensinando e ensinar aprendendo com aqueles que convivemos e podemos de alguma forma ajudar. |