Abstract:
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O estado do Pará, localizado na região Norte do território brasileiro é caracterizado pela extensão, pela diversidade presente na fauna e flora; concentração de minerios; e características que contrastam com a má distribuição de renda. Analisando o contexto de desigualdade, é possível promover a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e instigar os preceitos de desenvolvimento sustentável visando alternativas de geração de renda para as comunidades rurais por meio do acesso às políticas de crédito, assistência técnica e extensão rural. Deste modo, este trabalho objetiva apresentar as experiências de construção e desenvolvimento de oficinas de biojóias com tratamentos alternativos, estes consistem no emprego de substâncias de origem vegetal com potencial de atuarem como barreiras lipídicas na defesa de insetos e agentes deterioradores de sementes florestais. Segundo Backer (1979), o início provável de mecanisnos de transmissão de patógenos por sementes data do momento, a partir do qual, angiospermas tornaram-se a flora dominante a cerca de 130 milhões de anos e sementes tornaram-se a forma usual de reprodução das plantas (MACHADO, 1987). As membranas celulares são estruturas dinâmicas, fluidas e são constituídas de uma bicamada lipídica. Essa bicamada lipídica fornece a estrutura básica da membrana e atua como uma barreira relativamente impermeável à passagem da maioria das molécula hidrossolúveis (GREGHI, 1999). Contudo, o emprego das camadas lipídicas oriundas de tratamentos alternativos atuam no fortalecimento da barreira no entorno da semente garantindo que insetos e agentes deterioradores sejam repelidos, posteriormente a aplicação do produto visa assegurar maior qualidade às peças, além de agregar valor e durabilidade às peças confeccionas com tais técnicas, onde as micelas unidas em bicamada lipídica são responsáveis por minimizarem os problemas de podridão oca, taques fúngicos. Neste sentido, utilizar dos produtos oriundos da sociodiversidade brasileira como geração de renda, promove a valoração das comunidades tradicionais inserindo–os em uma atividade dinâmica. Para tal, pautados nos conceitos obtidos na graduação de coleta, armazenamento, nas características de biopreservação por meio de soluções alternativas, foi proposto um material lúdico contendo tais informações para facilitar a compreensão do comportamento das florestas, sendo os pilares do embasamento teórico prático, culminando nas noções de empreendedorismo. Fomentar a utilização dessas técnicas de preservação como ferramenta capaz de aumentar à durabilidade das biojóias, e, consequentemente, agregar valor às peças produzidas pelas mulheres artesãs possibilita que os participantes criem suas peças, sendo responsáveis por empreender e inovar para obter renda, e, possivelmente, uma melhoria na qualidade de vida. |