Abstract:
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A importância do Projeto Rondon na formação cidadã, possibilita o despertar dos sentimentos de responsabilidade social e implica em compromisso com várias frentes na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Diante dos contextos sociais propícios ao ato de avaliar, a escola ganha destaque por conta da gama de mecanismos utilizados para avaliar a aprendizagem dos alunos (CATANI; GALLEGO, 2009). Neste contexto, o Ministério da Educação (MEC) adotou alguns sistemas de avaliação padronizados, ganha destaque a Provinha Brasil, que desde 2008 é operacionalizada e elaborada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), distribuída pelo MEC com o apoio financeiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE). A Provinha Brasil é uma avaliação diagnóstica, opcional, do nível de alfabetização linguística e matemática das crianças matriculadas no 2° ano do ensino fundamental das escolas públicas. A mesma é pautada na reorientação pedagógica, objetivando a melhoria dos índices de alfabetização e é aplicada duas vezes ao ano. Levando em consideração a adesão dos municípios à operacionalização da Provinha Brasil, este trabalho buscou explicitar as experiências proporcionadas pela Provinha Brasil, relatadas pelos professores do município de Alto Alegre do Pindaré/MA em oficina ministrada na Operação Jenipapo, Projeto Rondon, janeiro de 2015. A oficina “Avaliação da aprendizagem: Provinha Brasil” foi ministrada quatro vezes, totalizando um público de noventa e oito participantes. O delineamento da oficina deu-se com exposição de slides, criados com intuito de fomentar o debate sobre o ato de avaliar e principalmente sobre as contribuições, limites e desafios da Provinha Brasil. Nesse sentido lançamos alguns questionamentos: O que é a Provinha Brasil? Para que serve? Quem já aplicou a Provinha Brasil? Quais os benefícios? Quais limitações? Para registrar as experiências dos professores realizamos videogravações. Nos depoimentos ganha destaque a compreensão de que o momento de correção é ideal para diagnosticar as dificuldades dos alunos e também para autoavaliar o trabalho pedagógico e, consequentemente reorganizá-lo. Outro ponto relevante refere-se às discussões dos resultados, que segundo algumas falas, são realizadas por toda equipe escolar. Em contrapartida, em relação aos limites de tal avaliação, o publico apontou problemas referentes à sua operacionalização, possuindo aplicadores e corretores externos, distanciando o professor da aplicação e análise dos resultados. A oficina desenvolvida pelo Projeto Rondon procurou preencher lacunas evidenciadas pelos depoimentos dos professores atuando como um recurso relevante para diagnosticar e melhorar o nível de alfabetização linguística e matemática dos alunos. |