Abstract:
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A realidade latino-americana foi e é condicionada por sua posição no mercado mundial. Com a chegada do capital-mercantil europeu às terras latino-americanas inicia-se um processo de cisão com todas as estruturas sociais do continente, consolidadas até então. O desenvolvimento das forças produtivas é um dos motivos que impulsiona os processos de independência política na América Latina. É neste momento, que a região participará mais ativamente do processo de acumulação de capital na Europa. Consolida-se nesse período a Divisão Internacional do Trabalho (DIT). A DIT tem como base econômica uma relação hierarquizada entre as nações, onde os países industrializados apropriam-se de parte do excedente gerado nos países exportadores de alimentos e matérias-primas. A posição que cada país ocupa no mercado internacional determinará sua posição como país central, ou país periférico. O Brasil encontra-se na periferia do sistema. Com a chegada do Partido dos Trabalhadores ao governo, este cenário muda e o Brasil entra em um novo momento em sua história, esta é a tese defendida pelo Novo Desenvolvimentismo. Utilizando os dados e as categorias da Teoria Marxistas da Dependência, mostrarei neste trabalho como essa tese é falsa e que o país ainda continua numa posição de dependência em relação ao centro do sistema. Além disso, apresentarei como se desenvolveu, nos últimos trinta anos, o novo mecanismo de transferência de valor, mantendo o Brasil como um país periférico e dependente. |