Abstract:
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Entre 2008 e 2010, após a crise financeira internacional, os países emergentes dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) pediram reformas significativas ao Fundo Monetário Internacional. Uma delas, aprovada em 2010, apesar de não alterar o status quo, melhorava a representação desses países na instituição. Porém, os Estados Unidos não ratificaram-na ainda. A insatisfação perante a demora em fazê-lo, aliada à injeção de quase 2 trilhões por parte dos BRICS no Fundo, levou-os a criar novas instituições semelhantes às do regime de Bretton Woods. Porém, apesar da semelhança, elas configuraram uma mudança de regime, visto que as normas e princípios, além dos interesses pessoais do países, alteraram-se. Neste trabalho, analisa-se a ligação entre esses eventos e defende-se a ideia de criação de um novo regime, em detrimento de uma mudança somente no regime vigente. |