Abstract:
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Análise dos efeitos das fusões e incorporações na estrutura do mercado bancário brasileiro, no período 1964-84, enfatizando o controle governamental (da COFIE ao PROER) sobre o perfil da atividade bancária. A estrutura de mercado é caracterizada pelo índice de concentração de Herfindahl, aplicado à participação dos 10 maiores bancos comerciais na captação de depósitos à vista. Estudo da relação entre absorções-centralização-concentração, através do roteiro das fusões e incorporações e da comparação do desempenho de um número reduzido de bancos em relação ao mercado monetário. Proposição de um modelo econométrico que preconiza a existência de variáveis explicativas (taxa de juros, taxa de inflação, depósitos à vista total e regulação governamental - dummy) relevantes ao processo de concentração. Diante de um mercado monetário que nem sequer respondeu à expansão do PIB, em termos reais, e das restrições à expansão da atividade bancária, os bancos comerciais buscaram ampliar a captação de recursos (depósitos à vista) através da transferência de recursos oriunda das consecutivas absorções (bancos/agências), durante a proibição de abertura de novas agências (1970-77). Portanto, o aumento da concentração bancária no Brasil, deveu-se, sobretudo, ao fenômeno das fusões e incorporações bancárias levado a cabo (estimulado) pelo governo. |