Abstract:
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A presente pesquisa tem como foco a pergunta que não quer calar: Que experiências profissionais constituem as identidades das mulheres transexuais? Para nos ajudar a responder a esta questão foram entrevistadas seis mulheres transexuais residentes em Florianópolis, com idade a partir de 40 anos e que denominavam-se mulheres transexuais. Importante ressaltar que a pesquisa teve uma abordagem qualitativa e a organização dos dados foi feita a partir da análise temática. A entrevista levantou dados acerca de suas vidas e suas experiências com a família, escola, amigos e, sobretudo, mercado de trabalho, dando destaque para o mercado de trabalho formal. As mulheres transexuais reafirmam sua condição de excluídas e estigmatizadas, vivendo à margem da sociedade, sofrendo preconceitos que acabam destruindo muitas vidas. O preconceito acorre cotidianamente, na busca por trabalho, na ausência de postos de trabalho e marca suas experiências. Nossos estudos pautaram-se na questão profissional, em investigar como vivem estas mulheres e quais espaços atuam profissionalmente. De alguma maneira são excluídas do mercado de trabalho formal, sendo obrigadas a se prostituírem ou a exercerem profissões subalternas para sobreviverem. Todas tiveram a experiência da prostituição, e a grande maioria permanece neste mercado, que as expõem a violências e incertezas, mesmo contra sua vontade, como demostraremos ao longo da discussão dos dados. |