Abstract:
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Diante da grande dificuldade de se obter mudas de espécies nativas não arbóreas, em termos de quantidade, qualidade e diversidade, para execução de projetos de recomposição de cobertura vegetal, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a multiplicação via sementes e estacas de algumas espécies potenciais para restauração ambiental de áreas fortemente degradadas, com solos muito pobres ou mesmo sem solo, caracterizando estádios iniciais de sucessão, como bota-foras, aterros, e taludes. Foram testados tratamentos simples e de baixo custo, com produtos de fácil acesso, visando à quebra de dormência de sementes de Mimosa pudica e Ipomoea cairica, e o enraizamento de estacas de Mimosa pudica, Ipomoea cairica e Ipomoea alba. Os tratamentos de choque térmico foram os que mostraram os melhores resultados para quebra da dormência de Mimosa pudica, com porcentagens de emergência de 95,0% (σ = 3,3%) e 88,0% (σ = 1,4%). Para Ipomoea cairica nenhum dos tratamentos induziu porcentagem de emergência superior a 15%, indicando que a quebra da dormência não foi efetiva. Estacas de Mimosa pudica, Ipomoea cairica e Ipomoea alba mostraram um sucesso de enraizamento de 83,75% (σ = 7,50%), 100% e 51,25% (σ = 8,54%) respectivamente. Todas as espécies estudadas se mostravam viáveis quanto à reprodução por estacas e apresentam características e peculiaridades que as tornam espécies chaves para restauração inicial de áreas pouco vegetadas, como, por exemplo, taludes. |