Abstract:
|
Este trabalho analisa o livro Introdução à técnica de museus, escrito por Gustavo Barroso, em 1946. Partindo do livro como documento, problematizei sobre a vida do autor, sua atuação política e o contexto histórico em que está sendo publicado o livro Introdução à técnica de museus, para assim, compreender o seu pensamento museológico. A partir da abordagem do museólogo como um técnico, sustentada por Barroso, abordo o papel da técnica e da ciência como legitimadoras de um saber racional e sua relação com os museus. Também problematizei os temas abordados no livro, onde delimitei alguns temas com o objetivo de trabalhá-los mais profundamente. Desse modo, analisei os temas que deixam mais explícitos os ideais de Gustavo Barroso, como a defesa do nacionalismo, sua visão positivista da história ou estarem relacionados aos cuidados dos bens matérias da aristocracia. Esta pesquisa tem como objetivo contribuir para que o profissional museólogo reflita em que contexto surge a Museologia no Brasil, e de quais eram as atribuições do profissional museólogo, chamado na época de “técnico ou entendido em museu” por Barroso. Ao final da pesquisa foi possível constatar, o pioneirismo de Gustavo Barroso ao criar um curso de formação em museologia, um dos projetos mais antigos do mundo, que antecede até mesmo o curso de museografia da École du Luvre. No entanto, a partir da analise do livro Introdução à técnica de museus podemos dizer que a museologia nasce no Brasil com um cunho bastante conservador, elitista e eurocêntrico. Pois, restringia o seu estudo apenas à cultura material da aristocracia. |