Abstract:
|
As finanças comportamentais surgem da debilidade das finanças neoclássicas em explicar fenômenos recorrentes como as bolhas, depressões e sazonalidades. Tradicionalmente a teoria neoclássica de finanças, não deixa espaço para a consideração do efeito do sentimento no equilíbrio do mercado. Por outro lado, as finanças comportamentais vêm passando para o “mainstream” das finanças. Na abordagem comportamental das finanças, explora-se a possibilidade de que o sentimento do investidor possa distorcer significativamente resultados do mercado afetando os preços de equilíbrio. Esta monografia tem o objetivo de apresentar um exercício prático e de cunho didático do uso de técnicas multivariadas para a construção de um índice de sentimento do mercado (investidor) a partir de dados do mercado de capitais. Para tanto, percorrendo-se as etapas necessárias para calcular um conjunto de variáveis do mercado financeiro, no período de 2000 até 2014, compilando-as em um indicador que possa inferir qual a intensidade do sentimento do investidor no mercado de ações no Brasil. O índice de sentimento foi elaborado a partir das variáveis Turnover, Prêmio de Dividendos e Trading Index (Arms). Também foram apresentadas cerca de 10 potenciais variáveis para aplicação a cálculos de índices de sentimento. A técnica estatística multivariada escolhida para a construção do índice de sentimento foi a Análise de Componentes Principais (ACP). Posteriormente à obtenção do índice de sentimento de mercado, observou-se que as principais oscilações deste índice coincidiram com movimentos de valorização ou desvalorização do índice Ibovespa. Exceção a essa regra foram os dois primeiros anos do estudo, de 2000 a 2002 |