Abstract:
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As reformas econômicas na China a partir da década de 1970 tornaram possível a abertura chinesa para o mercado internacional, promovendo o país a ator relevante nas relações internacionais a partir da década de 1990, principalmente. Além da abertura para a presença estrangeira no país, a China também se lançou no ultramar, investindo principalmente em países em desenvolvimento, como países da Ásia oriental, para angariar influência política e econômica regional, quanto em países da América Latina e África. Neste continente, em especial, a presença chinesa é marcada pela exploração de recursos naturais, principalmente petróleo. Em 2012 a África foi responsável por 10,9% da produção de petróleo mundial e a maior participação da África Subsaariana vem de Angola, país que estreitou as relações com a China no início do século XXI. Atualmente, Angola é o segundo maior fornecedor de petróleo para a China e as relações sino-angolanas construídas a partir dos interesses de ambas as partes são configuradas como um casamento de conveniência entre os dois países, uma vez que a China atua como parceiro comercial e também como grande investidor internacional, contribuindo para a reconstrução do país africano que foi devastado durante a Guerra Civil Angolana entre os anos de 1975 e 2002. |