Abstract:
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A presente pesquisa busca refletir as ações do profissional Agente Comunitário de Saúde – ACS – identificando-o como sujeito ativo e transformador do processo de saúde e doença da comunidade dentro da Estratégia da Saúde da Família do Sistema Único de Saúde brasileiro. Nesse sentido, nos apoiamos na sociologia compreensiva, utilizando o conceito de tipo ideal, desenvolvido por Max Weber, na perspectiva de responder a seguinte questão: existem diferenças entre o papel desempenhando pelos ACSs do Sul e do Nordeste do Brasil? Utilizando-nos de uma abordagem quali-quantitativa originária da análise dos artigos selecionados. Foram analisados estatisticamente os artigos publicados em Revistas Científicas disponíveis na rede informatizada de computadores, identificando e verificando artigos que tenham como sujeito de pesquisa o ACS. Como referencial teórico, além das leituras dos artigos, foi necessária uma pesquisa detalhada no site do Ministério da Saúde na tentativa de compor o perfil do ACS como tipo ideal de acordo com o que a lei preconiza. Como referencial para os procedimentos metodológicos nos utilizamos dos escritos de Gil (1995-1996), Ohira, Davok (2008) e Maria Cecília Minayo. Percebemos uma preocupação constante com uma melhor formação dos ACSs quanto às questões biomédicas e uma integração constante entre equipes de profissionais em saúde e “agentes educadores em saúde”. Quanto às possíveis diferenças entre os ACSs das regiões Sul e Nordeste, há uma uniformidade de narrativas quanto às atribuições e potencialidades do profissional que iniciou sua caminhada como um “amigo da comunidade”, alguém conhecedor de seu ambiente, afeito às necessidades de seus vizinhos e que deveria buscar sanar as dificuldades referentes à saúde quando da descentralização da saúde e a implantação da atenção básica nos municípios brasileiros. |