Abstract:
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Este trabalho versa sobre a constituição das antropologias indianas, privilegiando a noção de conflito em dois planos: de uma política antropológica, isto é, das negociações cotidianas na formação do campo disciplinar; e de uma cosmpolítica, isto é, num contexto mais amplo, cosmopolita, que diz respeito à produção de saberes em termos globais. Ele busca explorar debates comumente marginalizados da discussão hegemônica sobre teoria antropológica, trazendo críticas pouco exploradas no contexto brasileiro, a saber, a construção contingente, negociada e política do campo disciplinar. Esta pesquisa reflete sobre como a antropologia é determinada por diferentes contextos políticos e culturais, e como ela também os determina, na medida em que é um saber voltado à produção de alteridades. No caso indiano, está interessada em refletir sobre sua relação com o colonialismo, suas imbricações com trajetórias diaspóricas e as marginalidades que cunham um contexto acadêmico bastante específico. A pesquisa adotou como metodologia a revisão bibliográfica de obras de autor@s indian@s que têm desenvolvido seu trabalho no próprio país. De modo geral, sustenta-se em discussões sobre teoria antropológica e produção de conhecimento, além de se debruçar especialmente sobre as teorias pós-coloniais e feministas para construir a pesquisa. |