Abstract:
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Fruto do consumo diário de antibióticos pelo homem, é possível encontrar traços de antibióticos em rios e efluentes, provenientes da rede de esgoto, produto do metabolismo humano que o processa. Nestes mesmos rios e efluentes encontram-se bactérias. Esta combinação pode resultar em um desenvolvimento de uma resistência a esses antibióticos por parte das bactérias. O objetivo do presente trabalho é encontrar a relação entre a exposição ao antibiótico, em diferentes concentrações, e o surgimento de organismos resistentes a este. Esta relação foi estudada para as bactérias da espécie Pseudomonas putida, com comportamento análogo ao da bactéria mais nociva, a Pseudomonas aeruginosa. As Pseudomonas putida foram expostas a um antibiótico chamado Ciprofloxacina e as exposições foram diárias e mantidas a diferentes concentrações de antibiótico, na faixa de 0,001953 ppm a 0,1875 ppm. Regularmente foram realizados testes de Concentração Inibitória Mínima, os quais indicam a quantidade necessária de antibiótico para a completa eliminação das bactérias. Ao longo de quatro meses, foi possível observar um crescimento desta concentração mínima, o que indica um aumento da resistência dos organismos ao antibiótico aplicado. Foi testada também a situação onde as bactérias eram removidas da exposição diária. As populações testadas foram duas, previamente expostas a 0,125 ppm e 0,1875 ppm. Nestes casos, ao longo de três meses, foi possível observar que não há perda significativa da resistência já adquirida no espaço de um mês. |