Abstract:
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O crescimento populacional exige cada vez mais que as cidades dotem-se de infraestrutura necessária para atender de forma digna e adequada seus cidadãos. Dessa forma, são crescentes as criações e instalações de estações de tratamento de esgotos (ETE). Estas geram um resíduo sólido denominado lodo de esgoto. O lodo, apesar de ser composto por alguns microorganismos patógenos e metais pesados, é um resíduo rico em matéria orgânica e nutrientes. Atualmente, esse resíduo é depositado diretamente em aterros sanitários, acarretando uma alta despesa para a empresa responsável pelo tratamento, bem como contribuindo para a diminuição da vida útil do aterro. Dentro desse contexto, o presente trabalho possui o objetivo de caracterizar o lodo de esgoto gerado na ETE Insular - operada pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN) no município de Florianópolis, Santa Catarina – e estudar a adição de cal ao resíduo, ou seja, higienizá-lo, para viabilizar sua utilização em camadas de coberturas, diárias e intermediárias, de aterros sanitários. O procedimento metodológico deuse pela adição de diferentes porcentagens de cal (15%, 30% e 45%) à massa de lodo e monitoramento de alguns parâmetros dessas amostras criadas, em dois ciclos, cada um com 90 dias de duração. O objetivo foi atingir um lodo padrão Classe B estabelecido pela Resolução CONAMA nº 375/06. Verificou-se, por intermédio das análises realizadas, que, tratando-se apenas do critério de adição de cal o lodo, as amostras enquadraram-se dentro dos requisitos necessários e atingiram o padrão Classe B. Porém, é válido ressaltar que para a aplicação do lodo em camadas de cobertura de aterros sanitários, além de necessária a higienização do mesmo, é imprescindível a realização de outras análises, como estudo de viabilidade econômica e análises geotécnicas das misturas geradas. |