Abstract:
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A presente pesquisa trata de analisar o efeito dos acontecimentos denominados Primavera Árabe em 2011 no Egito, em plena pós-modernidade. Assim, apresentar-se-á uma análise acerca da percepção da identidade cultural nacional do ponto de vista interno, de cidadãos egípcios que viveram/vivem a chamada Primavera. A relevância do tema surge da necessidade contemporânea de se entender os novos processos de transformação a que as identidades nacionais estão expostas na modernidade tardia. Tais identificações podem auxiliar no entendimento de fenômenos como o da deflagração da primavera árabe em um país como o Egito, que desfrutava de pouca movimentação política popular há décadas. Para isso, uma pesquisa no formato qualitativo foi elaborada, contando com cinco entrevistas individuais de jovens egípcios que viveram e sentiram a revolução de seu país à luz suas próprias interpretações. O conteúdo das entrevistas consistiu as bases das percepções aqui apresentadas de um Egito em transformação no que tange sua ilusória identidade unificada. As entrevistas puderam identificar que as percepções em relação à Revolução Egípcia na Primavera Árabe acarretaram em mudanças de entendimento dos entrevistados acerca de sua própria realidade social, da mesma forma como agregaram novos aspectos à construção do estereótipo “ser egípcio”, o que pode ser apenas o início de um longo processo de transformações de identidade nacional |