Abstract:
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A crise financeira mundial de 2008 começou no mercado imobiliário dos EUA e ficou conhecida como crise do subprime, em referência aos empréstimos hipotecários de maior risco, que entraram em evidência com a eclosão da crise. Neste cenário, as exportações mundiais foram proporcionalmente mais afetadas que a atividade econômica em geral. No Brasil, a crise econômica acentuou a tendência já observada desde o início do século de crescimento das exportações de commodities, o que aumentou a importância da China como parceiro comercial. Esta monografia tem como objetivo fundamental investigar os impactos causados pela crise do subprime nas exportações brasileiras para os países selecionados: EUA, China, Argentina e Alemanha, a partir da identificação dos principais determinantes dessas exportações, além de testar a hipótese de que os países que adotaram uma política monetária mais restritiva, medida através da taxa interbancária, sofreram impactos negativos mais contundentes com a crise. Foram realizados quatro modelos econométricos, um para cada país analisado. Utilizando uma variável dummy para o período da crise, a análise econométrica, baseada no método geral-específico, revelou que as séries são integradas de ordem I(1), além de apresentarem cointegração. O modelo VEC estimado para as exportações com destino aos EUA apontou que a redução da taxa interbancária norte-americana foi benéfica para aumentar as importações de produtos brasileiros. Essa relação não pode ser constatada no outros modelos. Já para o período do auge da crise do subprime, do quarto trimestre de 2008 ao terceiro trimestre de 2009, as variáveis dummies revelaram um impacto negativo nas exportações para a China, a Argentina e Alemanha |