Abstract:
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A estratégia da indústria do tabaco é a mesma no mundo inteiro e vai de encontro à saúde pública e ao bem estar das populações. A Organização Mundial da Saúde identifica o tabagismo como um fator de risco à vida que deve ser combatido com alta prioridade, tendo em vista o uso do tabaco ser a maior causa de mortes prematuras do planeta, provocando o óbito de cerca de 5 milhões de pessoas por ano. Como resultado dessa preocupação, foi criado o primeiro tratado internacional no âmbito da saúde, a Convenção Quadro para Controle do Tabaco, que fixa padrões mínimos de controle e combate do consumo do tabaco no mundo. O Brasil reconhece esse problema e vem desenvolvendo ações nesse sentido, através de políticas públicas de saúde, como a conscientização da população dos malefícios e a proibição da propaganda. Embora o Estado obtenha uma elevada arrecadação tributária, de cerca de R$ 8,5 bilhões, dessa cadeia produtiva, além de outras receitas como as exportações e os empregos gerados; o custo social e econômico do seu uso é grande, devido principalmente às doenças tabaco-relacionadas, como os diversos tipos de câncer, as patologias respiratórias e cardiovasculares. Dentre estas, destaca-se o câncer de pulmão, com um custo médio de R$ 28.902,09 por pessoa, o qual é conseqüência tanto do tabagismo ativo quanto do passivo. Dessa forma, conclui-se que o tabagismo é um grave problema de saúde pública mundial, e que cuidar da saúde da população é dever dos governantes. Portanto, quando estes adotam medidas de proteção à saúde, estão cumprindo seu papel de promover o bem-estar social. |