Abstract:
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A malacocultura catarinense foi desenvolvida através de uma extensão de política pública, como alternativa de renda para os pescadores do litoral catarinense e como forma de manutenção das colônias de pescadores, reduzindo assim, o processo de emigração desses para outros setores da economia. Os objetivos desse trabalho são analisar a evolução da malacocultura catarinense e as principais políticas colocadas em prática no período de 1990 a 2007, verificar a luz da teoria como as alterações de políticas afetam o cultivo de moluscos marinhos, as principais características sócio-econômicas como a produção, Area disponível e ocupada, municípios produtores, tipos de empresas e a mão de obra no cultivo de moluscos no Estado de Santa Catarina e finalmente projetar um modelo econométrico que possa diagnosticar a magnitude dos impactos na malacocultura catarinense. A metodologia de pesquisa foi dividida em três etapas, revisão teórica, descrição das características da malacocultura catarinense e a estimação do modelo econométrico. A técnica de coleta de dados usada foi a de dados secundários sobre a malacocultura catarinense, para estimação do modelo de regressão múltipla, analisando as variáveis (Investimento, alterações de meio ambiente entende-se como - ocorrência da maré vermelha e temporal extratropical - e o período medido em anos). 0 volume de produção de moluscos no Estado é influenciado pelos investimentos e alterações de meio ambiente, mas não da mesma maneira; o aumento do volume de investimentos provoca um aumento no volume de moluscos produzidos ao passo que alterações de meio ambiente provocam uma redução do volume de produção de moluscos. Conforme observado no modelo de regressão para o caso de mexilhões, as flutuações no volume de produção são explicadas em 86% pelas três variáveis utilizadas nesse estudo (Período em anos, Investimento e alterações de meio ambiente), a variável com maior peso individual é o investimento, que explica 93,89% das variações no volume de produção. Para o caso das ostras, as flutuações no volume de produção são explicadas em 94% pelas três variáveis usadas no modelo. As variáveis com maior peso são período em anos e alterações de meio ambiente, que juntas explicam 81% das flutuações no volume de produção. Nesse contexto, alterações de políticas públicas e alterações de meio ambiente, provocam impactos significativos na malacocultura catarinense. |