Abstract:
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O ano de 1990 representou o fim de um modelo do cinema brasileiro, com base na participação direta do Estado através de órgãos públicos, como a Empresa Brasileira de Filmes (Embrafilme) e o Conselho Nacional de Cinema (Concine). A ausência da relação entre Estado e Cinema levou, de imediato, a uma estagnação na produção cinematográfica. Chegou-se a um consenso de que sem o Estado não teria cinema, e devido a isto, ainda na primeira metade da década houve o reatamento das relações, através de um mecanismo pautado pelas leis de incentivo fiscal. A nova relação, no entanto, gerou novos atores e uma diferente composição da indústria cinematográfica em relação ao período anterior. Esta pesquisa tem como principal objetivo identificar e avaliar as principais transformações ocorridas na indústria cinematográfica brasileira, em todas as etapas da cadeia de valor: produção, distribuição e exibição, durante o período que ficou conhecido como Retomada do Cinema Brasileiro (1995-2005). |