Abstract:
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Ao longo da construção da ciência econômica, diversos autores abordaram a problemática ambiental buscando identificar como se daria a relação entre os recursos naturais e os processos econômicos. Dessas construções teóricas emergiram as correntes que hoje tratam do assunto e que dão subsidio às discussões que vêm se intensificando ao longo do século XX acerca dos diferentes modelos de desenvolvimento e as potencialidades de perpetuidade dos mesmos, dadas as restrições da natureza. Neste contexto, surge a preocupação teórica de se definir modelos de desenvolvimento e de tratamento da natureza que permitam a continuidade da existência humana sobre a terra. A Ciência Econômica construiu fundamentos teóricos que abordaram essas questões, formando o que hoje conhecemos como Economia Ambiental e Economia Ecológica. Apesar de terem semelhanças, são consideradas formas distintas de se interpretar a relação economia/natureza e, conseqüentemente, garantir a sustentabilidade do desenvolvimento. A Economia Ambiental trata os recursos naturais como infinitamente substituíveis por trabalho ou capital reprodutível, além de utilizar modelos de cálculos baseados no referencial neoclássico da economia para determinar o melhor ritmo de extração de um recurso e a melhor alocação do mesmo, incorrendo em uma concepção de sustentabilidade onde o principal fator a ser considerado é a manutenção da capacidade produtiva da sociedade. Já a Economia Ecológica integra aspectos da ecologia às suas análises e defende que existem limites últimos ao uso dos recursos. Em conseqüência dessa constatação é proposto que a sociedade terá de alcançar um estágio onde haja crescimento material zero, só assim haverá a possibilidade se estabelecer uma sociedade sustentável. |