Abstract:
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A dívida externa brasileira apresentou expressivo aumento a partir da década de 70. Durante os primeiros anos dessa trajetória autista, os incrementos no passivo externo do país foram decorrentes, em grande maioria, de políticas econômicas incentivadoras a contratação de financiamentos externos, para serem investidos no setor produtivo. Posteriormente, dado o surgimento de crises internacionais, como a presenciada em 1979, com o segundo choque do petróleo, a pressão sobre os níveis de endividamento externo passou a ter um caráter bem menos profícuo, sendo sua expansão ditada majoritariamente por fatores meramente financeiros. Dada a influência das taxas de câmbio sobre o total da dívida externa denominada em dólares, pretende-se nesse trabalho fazer um estudo sobre as variações cambiais das principais moedas que compõem o passivo externo brasileiro contra o dólar americano, e seus efeitos sobre o saldo da dívida externa de nosso país, utilizando-se de dados sobre a evolução da dívida externa total, composição da dívida por moeda estrangeira e cotações em dólar dessas diferentes moedas, disponibilizados pelo Banco Central do Brasil e dos Estados Unidos, para chegar-se a conclusão, se foi positiva ou não - utilizando-se como parâmetro apenas as taxas de câmbio - a contratação de dívidas em outras moedas, quanto comparada à contratação em dólar americano. |