Resumen:
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O ovo é uma fonte acessível de proteína de alta qualidade, mas apresenta rápida deterioração após a lavagem, devido à perda da cutícula protetora da casca. O uso de coberturas artificiais e naturais surge como alternativa para reduzir trocas gasosas e preservar a qualidade durante o armazenamento. Neste estudo, 360 ovos de poedeiras comerciais foram submetidos a quatro tratamentos: lavados e não cobertos (controle), recobertos com óleo mineral, solução etanólica de própolis a 10% e solução etanólica de cera de abelha a 2%. Os ovos foram armazenados em condições ambiente (14,5 °C; 79% UR) e avaliados nos dias 1, 15 e 30 quanto à perda de peso, gravidade específica, altura e índice de gema, altura do albúmen, Unidade Haugh, pH da gema e do albúmen, diâmetro da câmara de ar e composição percentual. Após 30 dias, os ovos controle exibiram a pior qualidade, com maior perda de peso (2,07%), aumento expressivo da câmara de ar (2,38 mm), elevação do pH do albúmen (9,43) e redução acentuada da Unidade Haugh (64,91), indicando perda de frescor. O óleo mineral destacou-se como o revestimento mais eficiente, mantendo gravidade específica elevada (1,092 g/cm³), menor diâmetro da câmara de ar (1,66 mm), valores de pH mais estáveis (gema 6,16; albúmen 8,38) e a maior Unidade Haugh (84,83), além de preservar a altura do albúmen (7,44 mm) e da gema (19,01 mm). A cera de abelha apresentou a menor perda de peso (1,23%) e resultados intermediários de qualidade interna (UH 72,38), enquanto a própolis também se mostrou eficaz, com perda de peso de (1,63%) e (UH 72,12), ambas significativamente superiores ao controle. Conclui-se que o óleo mineral é o revestimento mais eficiente na manutenção da qualidade físico-química de ovos armazenados por até 30 dias. No entanto, própolis e cera de abelha demonstraram bom potencial como alternativas naturais e sustentáveis, capazes de reduzir a desidratação e retardar a perda de qualidade interna, reforçando sua aplicabilidade na conservação de ovos comerciais. |