Um besouro e as estações: a ecologia por trás de um rola-bosta da Serra Catarinense

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Um besouro e as estações: a ecologia por trás de um rola-bosta da Serra Catarinense

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Title: Um besouro e as estações: a ecologia por trás de um rola-bosta da Serra Catarinense
Author: Ananias, Carol Neves
Abstract: Os besouros escarabeíneos (Coleoptera: Scarabaeidae: Scarabaeinae) são importantes organismos para os ecossistemas devido ao seu comportamento detritívoro. A variação dos fatores abióticos, como temperatura ao longo do ano, provoca padrões de sazonalidade nos organismos, que variam de acordo com sua história evolutiva. Em climas subtropicais, é forte a influência da temperatura na estrutura das comunidades desses insetos. Estudos para identificar variações da estrutura populacional promovem estratégias eficientes de conservação. A espécie Canthon angularis Harold 1868 tem distribuição na Mata Atlântica da Argentina e do Brasil em regiões elevadas de clima subtropical, incluindo o estado de Santa Catarina. Este trabalho, intitulado "Sazonalidade de besouros escarabeíneos na Mata Atlântica do Sul do Brasil: Variação sazonal e intrapopulacional de Canthon angularis", teve como objetivo descrever as variações sazonais de uma população de Canthon angularis em Floresta Ombrófila Mista. Foram medidos 433 espécimes da Coleção Entomológica MHS do Centro de Ciências Biológicas da UFSC, coletados no Parque Nacional de São Joaquim entre 2017 e 2022 (através de armadilhas de queda do tipo pitfall iscadas) em 16 campanhas (totalizando quatro em cada estação do ano). Foram utilizados testes qui-quadrado e ANOVA para observar a variação sazonal das características populacionais: tamanho do corpo, preferência alimentar, proporção sexual e estrutura etária. Não houve variação da proporção sexual entre as estações (p>0,05), no entanto, a variação sazonal foi altamente significativa para a estrutura etária e para a preferência alimentar (p<0,01), havendo mais espécimes velhos e maior dieta generalista no verão. Os resultados indicam que há dois momentos principais de emergência de adultos: final do verão e começo do outono e final do inverno e início da primavera. No inverno, não foram encontrados besouros, mas os dados indicam que provavelmente sobrevivem enterrados no ninho durante esse período e voltam à superfície na primavera seguinte, junto com a nova geração que ficou em estágio larval. Em relação ao tamanho, as fêmeas são significativamente maiores do que os machos, devido à fecundidade. O tamanho é menor no verão, devido possivelmente à menor quantidade de recurso acumulado nas bolas-ninhos devido à competição. Compreender o impacto das variações sazonais nas populações dos organismos é fundamental para orientar estratégias de conservação, especialmente em um panorama de eventos climáticos extremos mais frequentes.
Description: Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Departamento de Ecologia e Zoologia.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/267962
Date: 2025-09-04


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