Abstract:
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Desde que iniciou suas atividades, em 1984, há 40 anos o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) realizou 376.596 atendimentos de suporte ao diagnóstico e tratamento de intoxicações. No ano de 2024 foram realizados 28.910 atendimentos, dos quais 28.201 (97,6%) foram casos de exposição humana, 146 (0,5%) casos de exposição animal e 563 (1,9%) solicitações de informação, sem a existência de vítima exposta. Houve um aumento de 11% em relação aos atendimentos do ano de 2023. Além do atendimento, foram realizados 25.414 acompanhamentos de casos até o seu encerramento. Como atividades de educação e ensino, além das participações em congressos e palestras, o CIATox/SC ofereceu estágios para acadêmicos das Residências Multiprofissional e de Urgência e Emergência e, na Graduação, para os Cursos de Medicina, Farmácia, Biologia e Design. Os grupos de agentes responsáveis pelo maior número de atendimentos foram os Medicamentos (29,6%) seguidos pelos Animais Peçonhentos/Venenosos (21,4%). A maioria das solicitações foi proveniente do Estado de Santa Catarina, sendo 21,7% da macrorregião da Grande Florianópolis. Os meses quentes são os de maior ocorrência de atendimentos, principalmente em decorrência do aumento do número de casos de animais peçonhentos. A maior parte das solicitações foi realizada por profissionais da área da saúde (89,4%), principalmente médicos (84,9%) provenientes de Hospitais (53,5%), Unidades de Pronto Atendimento (27,1%) e Unidades Básicas de Saúde (8,8%). Ligações telefônicas das residências ocorreu em 7,6% dos casos. Em relação aos casos humanos a exposição ocorreu principalmente nas residências (73,0%). A distribuição dos casos humanos por sexo foi superior no feminino (54,0%) em relação ao masculino (46,0%). Observa-se a predominância das exposições na faixa etária dos adultos jovens de 20 a 29 anos (18,7%) seguida de 30 a 39 anos (15,9%) e nas crianças de 1 a 4 anos (13,2%). A principal circunstância de exposição foi acidental (42,3%), seguida das tentativas de suicídio (25,6%) e de acidente ocupacional (5,8%). A via oral foi a mais frequente, ocorrendo em 41,5% dos casos; seguida da mordida/picada ou contato com animais peçonhentos ou não peçonhentos (29,6%). Conforme a Classificação de Gravidade Final e o escore de gravidade de intoxicações (Poisoning Severity Score – PSS) os casos foram classificados como: leve (67,5%), seguida pela moderada (2,4%), grave (1,7%), nula (0,8%) e fatal (0,3%). Na maior parte dessas exposições o paciente apresentou-se curado (70,4%). Ocorreram 89 óbitos no total de 28.201 casos humanos atendidos. Destes, 75 casos (0,3%) foram óbitos relacionados à intoxicação e 14 casos (0,05%) foram óbitos por outra causa. A maior taxa de letalidade foi por Drogas de Abuso (5,69%). |